domingo, 17 de junho de 2012


DONS ESPITUAIS
Os Dons Espirituais revelam ao mundo a Igreja como corpo de Cristo (E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. Ef. 1.22,23; Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. (1Co 12.12). Isto é valido tanto para os ministros como para os demais crentes, E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam. Mc. 16.20;

DEFINIDO OS DONS
Os dons espirituais são poderes sobrenaturais, ou graças que Espírito Santo concede a certos crentes salvos, em beneficio da igreja.
A natureza destes dons e o seu reto exercício são tratados e demonstrados pelo apóstolo são Paulo no decorrer de seu ministério em pratica e ensinamentos.

OS DONS NÃO É BATISMO
            É preciso enfatizar três propósitos do derramamento do Espírito Santo no que diz Respeito à Igreja de Deus (At 2.1):

1.      No Antigo Testamento Deus derramava o poder do Espírito Santo sobre pessoas que exerciam ministérios específicos, tais como Rei, Sacerdote e Profeta. Havia algumas pessoas que eram chamadas à determinadas funções, que também recebiam uma unção para este fim: militares, músicos, dirigentes, cantores, e artífice, os quais realizavam obras especificas. De forma que no dia de pentecostes os crentes foram equipados com poder para realizar a obra de Deus, levando a mensagem de Salvação aos perdidos e distanciados da graça em cumprimento a promessa de Cristo. (Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra, At.1.8).
2.      Nesta nova dispensação Deus constituiu a todos como sacerdotes (1Pe 2.9), isto é: o desejo de Deus sobre Israel se cumpre na igreja, na dispensação da graça, (Ex 19.5-6). O serviço do sacerdote inclui adoração, oração, ensino, edificação, reconciliação e aconselhamento. Deus através de Cristo coroou a sua igreja com o ministério da reconciliação, que envolve exatamente o ofício do sacerdote, (2Co 5.18-19). O sacerdote deve  oferecer sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1,2; 1Pe 2.5).
3.    Deus constituiu uma comunidade profética, para cumprimento das palavras que Moisés (...Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito. Nm 11.29). Jesus identificou o seu ministério como profético, (Lc 4.16-21); Pedro comparou o derramamento do Espírito Santo com a profecia de Joel (2.28,29); e o apóstolo Paulo enfatizou que todos poderão profetizar, contudo, que seja uns após outros, para que todos aprendam e sejam edificados, (1Co 14.31). Claramente a igreja desempenha o papel profético em levar a presença de Deus e sua poderosa mensagem à pecadores, e através do poder do Espírito Santo muitos são mudados e recebem transformação plena, inclusive em questões éticas e sociais. 

A geração moderna tem galgado a mais alta posição nos altos degraus da sabedoria humana, e tem achado apoio com o grande avanço da tecnologia e da ciência. Cada pessoa tem tentado chegar ao mais elevado patamar daquilo que escolheu por meio de vida, isto é louvável, Deus é a favor que as pessoas aprendam e sejam prósperos não só na vida espiritual, mas, sentimental, financeira, e familiar. Mas, verdade é que nunca se viu uma geração tão ignorante espiritualmente, como a geração dos dias atuais, e seguindo adiante encontram-se leigos, neófitos, apáticos, pessoas sem conhecimento, confusos e distantes do grande farol de Deus, os dons espirituais, (Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes 1Co 12.1).

FORMAS DE INGNORANCIA
               A expressão ignorante que dizer: alguém sem conhecimento, sem entendimento, pessoa cega, pessoas que tem olhos, mas não enxergam. Há pessoas que são ignorantes por usarem o dom de forma errada, fugindo da verdadeira função dos dons e sem conhecer-lo
               O Profeta Oseías nos ensina que por falta de Conhecimento o povo é lavado cativo – Os 4.6; Por falta de Conhecimento o povo padece fome – Is 5.13; Por falta de Conhecimento o povo sofre de sede – Is 5.13.
               Há alguns que são ignorantes por não aceitarem Deus usar determinados crentes; não aceitar os dons para os dias atuais, e até achar que os dons são exclusividades de determinados líderes espirituais, etc.
               O Espírito Santo não estar sujeito a nenhuma pessoa, nem ao querer de ninguém, o Espírito Santo age para a edificação da igreja através de vasos limpos, santos e que desejem ser usado, e se alguém é ignorante que ignore, 1Co 14.38

PROPOSITOS DOS DONS
Os capítulos de 12 a 14 da primeira Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo, trata com clareza dos dons do Espírito Santo concedidos à igreja, deixando claro que estas partes são indispensáveis na vida e no crescimento espiritual dos crentes que almejam ver a graça de Cristo manifestada no meio do povo.
1. O objetivo dos dons do Espírito Santo é manifestar graça, poder, e amor no meio da comunidade cristã, nas reuniões públicas, nos lares, nas famílias e nas atividades individuais. Com a manifestação dos dons o mundo passa a ver a operação de Cristo no meio de seu povo, (Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por obras; pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até ao lírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo. Rm 15.18-19) Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra. 1Co 7.7.
2. Trazer a eficácia da pregação do evangelho aos perdidos, confirmando de modo sobrenatural a mensagem cristocêntrica. Jesus cooperou com os discípulos na pregação manifestando o seu poder, (Mc 16.17-20); isto foi visto de forma clara, quando Felipe subiu até Samaría (At 8.8), e Paulo na Ásia (At 14 – 19).
3. O terceiro propósito dos dons é suprir as necessidades humanas, fortalecer e edificar espiritualmente, tanto a congregação, como os crentes individuais, para o aperfeiçoamento que só Deus pode conceder. (1Co 14.4,12; 1Tm 1.5).
4. Finalmente os dons manifestam poder para o encorajamento nas batalhas espirituais, contra satanás e as hostes do mal, discernindo quando estes atacam as pessoas. Em Samaría a eficácia do poder era real e os espíritos imundos e as enfermidades saiam de muitos (At 8. 5-7; 26.18).
               Portanto os dons do Espírito Santo são atuais e não ficaram circunscritos aos dias apostólicos. Verificamos ainda que no obstante já terem passados mais de dois mil anos, a igreja de Cristo continua tendo o mesmo acesso, as mesmas possibilidades a recursos espirituais que levaram os cristãos primitivos, e anunciaram a salvação ao mundo com poder espiritual.

DIVISÃO DOS DONS
               Os dons espirituais mencionados em 1Corintios 12, estão em ordem de nove, que por sua vez os estudiosos dividem em dois grupos:

Grupo – A
i.        Dons de locução
a.       Profecia
b.      Variedades de línguas
c.       Interpretação de línguas
ii.      Dons de inspiração
a.       Palavra de sabedoria
b.      Ciência, ou conhecimento
c.       Discernimento
iii.    Dons de poder
a.       Maravilhas
b.      Curar
c.      

Grupo – B
i.        Dons de ensinamento (ligado a pregação)
a.       Sabedoria
b.      Ciência, ou conhecimento
ii.      Dons de ministério (ligado a igreja)
a.      
b.      Curas
c.       Maravilhas
d.      Profecia
e.       Discernimento
iii.    Dons de Adoração (ligado ao crente individual)
a.       Línguas
b.      Interpretação de línguas

OS DONS DEFINEM O MINISTÉRIO
   O Apostolo Paulo escrevendo aos Romanos (Rm 12.6-8), menciona que há diferentes dons segundo a graça, Paulo difere e relaciona os dons da graça. Um dom espiritual pode constituir-se de uma disposição interior, bem como de uma capacitação ou aptidão (Fp 2.13) concedida pelo Espírito Santo ao indivíduo, na congregação para edificação do povo de Deus e para expressar o seu amor a outras pessoas (Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. 1Pe 4.10). A lista que Paulo dá, dos dons da graça divina deve ser considerada um exemplário e não a totalidade deles; (observe com clareza 1Co 12-14 para maior abordagem dos dons espirituais).

Com o dom o individuo está capacitado a exercer um ministério, e com o ministério Deus opera através do Dom. Para que se entenda melhor, quem vai exercer o ministério de cura, deve ter o dom de curar (1Co 12.9).  
Paulo ensina que, ao recebe o dom de profetizar seja segundo a medida de sua fé (Rm 12.6), isto é, não haja exagero naquilo que lhe foi confiado. Se Deus manda dizer à igreja ou à uma pessoa, algo, seja feito conforme Deus mandou, sem que haja excesso.
Quando fala do ministério da assistência social (Rm 12.7) "Ministrar" ou "servir" é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus, para alguém servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja, a fim de ajudá-los a cumprir suas responsabilidades para com Deus, (At 6.2,3).
 Enquanto que "Ensinar" é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente examinar e estudar a Palavra de Deus, e de esclarecer, expor, defender e proclamar suas verdades, de tal maneira que outras pessoas cresçam em graça e em piedade (1Tm 4.16; 6.3; 2Tm 4.1,2);
O verso 8, do mesmo texto, o apostolo fala de Exortar... Repartir... Presidir... Exercitar... Misericórdia. Trata-se, aqui, de dons espirituais.
1.      Exortar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o crente proclamar a Palavra de Deus de tal maneira que ela atinja o coração, a consciência e a vontade dos ouvintes, estimule a fé e produza nas pessoas uma dedicação mais profunda a Cristo e uma separação mais completa do mundo;
2.      Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra ou do povo de Deus;
3.      Presidir ou liderar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o obreiro pastorear, conduzir e administrar as várias atividades da igreja, visando o bem espiritual de todos;
4.      Misericórdia é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente ajudar e consolar os necessitados ou aflitos.

               Nos dons espirituais, há a ação direta do Espírito Santo (1Co 12.7), e podem ser:
1.      Dons Espirituais – 1Co 12.1
2.      Dons Naturais – Ex 31.1-5
3.      Dons Ministeriais – Ef 4.11-13
Há uma ação nos dons, do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo.
1. Dons de Deus – 1Co 12.28;
2. Dons de Cristo – Ef  4.7-14;
3. Dons do Espírito – 1Co 12.4.
               Deus deu aos homens a manifestação dos dons do Espírito Santo com a finalidade de um relacionamento espiritual entre ambos.
1.      Dom – vem do grego “charisma” que quer dizer, donativo, ou dado de graça. Indicando assim que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom.
2.      Ministério – palavra proveniente do grego “diaconia” que enfatiza serviço, deriva nesta palavra o diácono, servo. Isso mostra que há diferentes tipos de serviço e que certos dons envolvem o recebimento da capacidade e poder de ajudar e assistir ao próximo. Em 1 Corintios 12.5 Jesus aparece como o Senhor que manifesta os dons, e em Efesios 4.7, como o Senhor que realiza os ministérios. 
3.      Operações – ou efeitos (“Energes” Ativos energéticos), os dons espirituais são operações diretas do poder de Deus, visando resultado definido. A manifestação do poder do Espírito realça o fato de que os dons espirituais são manifestados direto da operação e da presença do Espírito Santo na congregação. Deus opera tudo em todos (1Co 12.6), e a manifestação do Espírito Santo é para o que for útil, (1Co 12.7).
 OS DONS É O PROMOVEDOR DE PENTECOSTES NA IGREJA
         A igreja em Corinto tinha alguns dons, de forma que Paulo escreveu dizendo: “de maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de Cristo”, (1Co 1.7).
Os espirituais representam a manifestação do Espírito Santo na Igreja, sendo o grande chamariz para atrair pecadores ao reino de Deus. Porque os dons anunciam a gloria de Deus no meio do povo resultando em salvação, edificação, santificação e alegria.
Nos dias atuais deve–se ter o cuidado de não cair no imitacionismo, isto é, boa parte dos pregadores não usufrui comunhão com Deus, não possui o dom do Espírito Santo, mas deseja que seja feito o milagre enquanto prega, e acaba imitando quem é usado por Deus, causando muita decepção aos crentes e incredulidade nos não crentes. Se não tenho o dom de profetizar, por que venho dirigir-me ao povo querendo proferir inverdades, coisas que Deus não falou, nem concorda que eu venha falar? Isto é imitação, e causa esfriamento na igreja.

QUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS - Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca a  disposição de sua igreja, destaca-se os dons, a ação sobrenatural do Espírito Santo. Os quais são descritos nas epístolas como agentes de poder, vitória, unção, e vida da parte de Deus na congregação dos fiéis. 

1. PALAVRA DA SABEDORIA (porque a um é dado a palavra da sabedoria, 1Co 12.8). A Palavra da Sabedoria é a capacidade sobrenatural de falar, agir e saber em situações de emergências. Por si só, no entanto o dom é uma mensagem, proclamada ou declarada de sabedoria. E não significa que os que ministram a mensagem sejam necessariamente mais sábios que os outros. Até porque a nossa fé não depende da sabedoria humana, (1Co 2.5); a palavra da sabedoria é dada por Deus, (Lc 21.15); Tiago declara que se alguém tem falta de sabedoria peça a Deus que dá (Tg 1.5). Necessariamente o texto de Tiago não menciona o dom em particular, mas não tira a convicção que é Deus quem dar a sabedoria, o Espírito Santo é quem ensina-nos, (Lc 12.12). O entendimento das escrituras sem auxilio é uma operação da Palavra de Sabedoria.

2. PALAVRA DA CIÊNCIA (...e a outro pelo mesmo espírito é  dado a Ciência, 1Co 12.8)  A Palavra da Ciência se traduz por conhecimento. Ciência é a capacidade de se conhecer as profundezas e os mistérios de Deus quando estão em oculto. O conhecimento pode incluir os segredos no Senhor, como por exemplo, revelar os planos do rei inimigo (2Rs 6.12), ou pecados secretos, que por sua vez existam na congregação, nos reinos, nos palácios, (2Sm 12.6-7), assim como manifestar os segredos oculto, a exemplo do pecado de Ananias e Safira, (At 5.3-5); os encantos de Elimas, (At 11.4-12), os pensamentos do coração dos homens, (Mc 2.8). A ciência desvenda o querer de Deus, para o seu povo antes de seu acontecimento.

3. DOM DA FÉ (... a outro pelo mesmo Espírito a fé... 1Co 12.8). A Fé é a convicção extraordinária de crer. Oração fervorosa, alegria extraordinária, coragem incomum manifestam e acompanham o dom da fé. Não é como a fé para a salvação, mas uma fé especial para a realização de ato sobrenatural. A fé milagrosa que opera em situações ou oportunidade especial. Tal como o confronto de Elias e os profetas de Baal, (1Rs 18.33-35), a capacidade de inspirar fé noutras pessoas, também recebem a menção do dom da fé, (At 27.23-25).  O milagre dos apóstolos na porta da Igreja Formosa é fruto do dom da fé (At 3.1-8), ato sobrenatural e prodígios sem explicação realizado por Paulo, é operação do dom da fé, (At 14.8-11), milagres falam por si, que são manifestação e operação da fé milagrosa, (At 19.11-17).

4. DONS DE CURAR (...e a outro pelo mesmo Espírito, os dons de curar, 1Co 12.9). Não se trata de apenas um dom, mas são os dons de cura. Há tipos de variações no dom de cura, isto é, Deus age conforme algumas condições:
a. A fé existente em quem vai ministrar;
b.A fé existente no doente, que vai ser curado;
c.                        Vontade especifica de Deus;
d.                       Vida consagrada de quem vai ser usado no dom.
Dons de cura são capacidade sobrenatural de curar as pessoas de enfermidades adversas. Estes dons são concedidos à igreja para restauração da saúde física por meio divino e sobrenatural, (Mt 10.1,7,8). Dons indicam curas de diferentes enfermidades. Os dons de cura não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo, (1Co 12.11-30), todavia todos os crentes podem orar pelos enfermos e havendo fé, os mesmos serão curados milagrosamente. Enéias foi curado milagrosamente pelo poder sobrenatural de Deus sem necessidade de sua ajuda, Pedro se aproxima deste e diz: Enéias, Jesus Cristo te dar saúde, At 9.33,34. Na mesma hora o Paralítico de oito anos se levantou totalmente restaurado e glorificando a Deus. O que temos aqui é operação do ministério de cura, realizado para cumprimento da palavra de Cristo. Quando ainda estava com seus discípulos, Jesus disse: (Em meu nome... imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão, Mc 16.17,18). A igreja continuou o ministério de cura que Jesus exercera, em obediência à sua vontade. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de Jesus Cristo (At 3.6), operando através de Pedro o dom de curar, (1Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo,era algo muito mais valioso. Na oração de agradecimento e intercessão pelos livramentos, os discípulos louvaram a Deus porque a cura estava presente e visível nas ministrações dos apóstolos (enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. At 4.30).

5. OPERAÇÃO DE MARAVILHAS – 1Co 12.10, “e a outro, a operação de maravilhas”; A Operação de Maravilhas é uma capacidade sobrenatural para a realização de atos que vão além da capacidade humana, inclusive de compreensão. Este dom está relacionado a proteção, provisão, alteração de circunstancias, expulsão de espíritos da mal, e ao juízo. Apesar de os dons só serem relacionados e distribuídos na nova dispensação há acontecimentos sobrenaturais na era veterotestamentária com impacto de dons de maravilhas.
1.      O mar vermelho abrindo-se de forma maravilhosa, Ex 14;
2.      O mar quando vira algo sólido, Mt 14.25;
3.      A sombra de Pedro demonstrando poder, quando enfermos eram curados e pessoas oprimidas eram libertas, At 5.15.
O dom de Maravilha é atual, é necessário buscar em Deus a manifestação, para Ele crie, coisas que não existem e que se faça necessário.

6. DOM DE PROFECIA – (Co 12.10; 14.1) a palavra de Deus sugere que todos sejam profetas. Isto é, que todos anunciem a Cristo debaixo da inspiração do Senhor, (Nm 11.26-29). Profecia provem do latim “prophetia”, revelação inspirada, sobrenatural debaixo da unção de Deus.
O dom da profecia é a habilidade sobrenatural de transmitir a mensagem de Deus através da inspiração do Espírito Santo (1Co 14.39). No âmbito do Novo Testamento, a profecia oriunda deste dom pode ser definida como uma mensagem momentânea sobrenatural, cuja função presidida é a edificação, consolação, exortação, (1Co 14.3-4). Entre os dons espirituais, o dom de profecia aparece com mais destaque, isso não quer dizer, que os outros sejam inferiores, mas o apóstolo Paulo deslumbra-o por dois capítulos, quando escreve a igreja em Corinto, 12 e 14. Parece caracterizar que este dom é aplicado de forma contundente, ao transmitir a palavra de Deus com impulso profético, isto pode ser aplicado como o dom de profecia.
Não confundir certos atos de descontrole emocional com profecia.
- Outra vez enquanto ministrava, vi, uma senhora com as mãos na cabeça de outra, amassando o cabelo da irmã, e pulando e falando em língua.
Deduz-se, duas coisas no caso: Uma; a irmã recebeu o dom de interpretar, assim entendia o que a outra falava, e, ou a senhora apenas estava cheia de emoção, e pensou que podia fazer massagem na cabeça da outra. “isto é normal em cultos pentecostais”. ?
O profeta tem uma finalidade, que é predizer acontecimentos inspirados pelo Senhor, (At 21.10,11; 1Co 14.3), não massagem de relaxamento no corpo nem no coração.
Alguns textos sobre o assunto para reflexão: At 13.1; 1Co 12.28; 1Co 14.24; Ef 4.11.

Há três tipos de mensagens proféticas.
 1. Mensagem divina – quando Deus fala através do profeta, há uma testificação no coração, não só do receptor, mas todos quanto ouvem Deus falar  sentem ouvir a voz do Senhor, (Sl 29);
2. Mensagem humana – as vezes o homem por sentir a presença de Deus, acha que já pode sair profetizando, e sabemos que não é assim, a mensagem tem que ser divina e não apenas do coração do homem, as vezes até conhecendo o problema, e assim esmera-se em ser profeta a qualquer custo. As aparências enganam.
3. Mensagem do maligno – com o propósito de tomar parte na vida das pessoas, o diabo, também tem seus profetas, e vez por outra vem aos cultos para disseminar suas doutrinas malignas. A profecia do mal é espantosa, e amedrontadora. Há quem fale em nome de Deus e não tem nada de Deus, At 16.16-18, são servos de satanás. Veja os profetas de Deus como falaram: At 11.27,28; 21.9-11. Deus está recrutando profetas para os últimos dias, At. 2.17. Fica claro que nessa nova dispensação há uma manifestação e uma atuação do oficio da profecia.
Há diferença entre o oficio e o dom de profecia? Bem, o dom é uma atuação sobrenatural de Cristo naqueles que recebem o Espírito Santo, enquanto que o oficio é a incumbência de anunciar, não o desejo humano, mas a vontade de Deus.

Objetivos básicos do dom de profecia
1.      Manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas relações com seu povo;
2.      Declarar os seus propósitos em momentos de crise espiritual,e como sobressair dos tais;
3.      Visando a preservação das alianças e concertos estabelecidos sem se desviar deles.
Para alguns o dom de profecia está limitado aos pastores, haja visto, o texto de Paulo à igreja em Éfeso, que serve de referencial ao ministério de forma direta, (Ef 4.11).

7. DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS (1Co 12.10)
      O Discernimento de espíritos é a capacidade acima do normal de se distinguir as várias fontes de manifestação espiritual. O mundo está cheio de falsificadores, produtos piratas, imitações generalizadas, e enganos, e a igreja tem sofrido também com pessoas enganosas, (piratas), falsos profetas, pregadores que enganam, somente com detector de espiritualidade e detector de mentiras e falsidades é que a igreja não se deixará seduzir por tais “rackers” espirituais, (1Tm 4.1-3).
O dom discernimento tratar-se de uma percepção sobrenatural, e reveladora, pela qual é detectada a procedência da manifestação, se divina ou não. Sem o dom do discernimento a igreja é presa fácil dos falsos anunciadores de mensagens de satanás, dizendo ser de Deus, (Mt 24 4,5,11; 1Jo 2.18).
Atos é cheio de momentos que os crentes tiveram que usar do recurso espiritual (discernimento) para entender o que estava acontecendo, caso contrario, a vaidade espiritual e a soberba da vida manchariam a fé dos servos de Deus. (At 13.6-12; 16.16-18).

8. VARIEDADE DE LINGUAS (1Co 12.10) – O Espírito Santo manifesta a Variedade de Línguas com a finalidade de demonstrar a presença de Deus no ambiente. Há crentes que recebem o batismo no Espírito Santo, com confirmação das línguas, e não recebem a variedade. O falar noutras línguas, ou a glossolalia era entre os crentes do Novo Testamento, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.
Essas línguas (glossolalia) podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, “línguas... dos anjos” (1Co 13.1); A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (1Co 14.14), como pelos ouvintes (1Co 14.16).
O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (1Co 14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente.
No dia de pentecostes, registrado em Atos 2, os discípulos de Cristo, receberam línguas estranhas “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo...” (v.3) “e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (v.4); e ao mesmo tempo falaram em línguas normais, “...porque cada um os ouvia falar na sua própria língua”. (v.6).

9. DOM DE INTERPRETAÇÃO DAS LINGUAS (1Co 12.10) a Interpretação das Línguas está relacionado aos dons verbais, dons de adoração, como menciona o Dr. Stanley M. Horto. Este se trata de mais uma capacidade sobrenatural do Espírito Santo sobre os que desejam de Deus os bens espirituais, com a finalidade da interpretação de línguas faladas em cultos avivados, que as pessoas deixam se encher do Espírito Santo, com o propósito de que o interprete manifeste ao povo o que Deus está falando através das línguas estranhas.
            Que essa manifestação venha acontecer hoje, nos dias que vivemos, e sejam revelados todos quanto estão sendo usados por Deus e os que não são. O objetivo é que seja transmitido a interpretação da mensagem de Deus ao povo, e todos sejam edificados. A mensagem interpretada para a igreja reunida pode conter ensino sobre adoração, oração respondida, exortação de Deus à presentes, como pode ser uma mensagem para toda congregação. A interpretação pode vir através do que falou as línguas ou por um interprete; Paulo diz: e quem fale em línguas ore para que possa interpretar, (1Co 14. 6;13; 14; 26; 27.).
            Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1Co 14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja. Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (1Co 14.27,28;)
 Os dons do Espírito Santo são uma fonte de grandes tesouros, que jorra edificação, conhecimento, despertamento, mas principalmente iluminação às vidas que andam distantes de Deus. Um crente cheio de Deus quer que as pessoas sejam conhecidas pelo Senhor, então este estando cheio vai transmitir porque, como, e para que está cheio. Que o farol de Deus volte a iluminar com a mesma intensidade dos dias dos apóstolos.

BIBLIOGRAFIA
q  Teologia Sistemática – Starley M.Horto – CPAD
q  Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
q  Bíblia de Estudo Plenitude – SBB
q  Os dons do ministério de Cristo – Donaldo Gee – CPAD
q  Os Dons Espirituais – Donald Gee – CPAD
q  Seminário CEVEC – Pr. Severino Gonçalves
q  CTB – Centro de Treinamento Bíblico –
q  Conferencia Cristo Vivo – Apostilas
Pr. Gerisvaldo Santos
prgerisvaldo@hotmail.com

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